quinta-feira, 4 de abril de 2013

Estudantes criam roupa antiestupro na Índia


Um grupo de estudantes indianos criou uma lingerie antiestupro. O dispositivo é equipado com GPS e pode dar choques nos agressores.
Os criadores são estudantes na Universidade SRM, em Chennai. O grupo é composto por Niladri Basu Bal, estudante de engenharia aeronáutica e Manisha Mohan e Rimpi Tripathi, que cursam engenharia de controle e instrumentação. O aparelho chamado de SHE (Society Harnessing Equipment) é um dos ganhadores do prêmio indiano de tecnologia Gandhian Young Technological Innovation Award.
Manisha afirmou ao portal Times of India que o aparelho é ligado a uma lingerie por fios. Além de GPS integrado, o mecanismo tem um módulo GSM, é sensível à pressão e capaz de emitir até 82 choques de 3.800 kV, o suficiente para afastar o agressor. Além disso, ele pode mandar mensagens de texto para familiares e polícia em casos de emergência.
O lado interno da roupa fica isolado com um polímero. O circuito é colocado perto da região dos seios. Isso porque os estudantes descobriram que esta é a área que costuma ser atingida primeiro durante as agressões.
Os sensores de pressão sobre a peça são costurados em torno da área do busto para detectar a força indesejada e provocar o choque. Depois de atingir o criminoso, a roupa envia automaticamente uma mensagem de texto com o local do atentado para policiais ou membros da família.
A equipe afirma que usou tecnologias utilizadas no cotidiano para fazer uma solução simples para um problema sério no país. Agora, os jovens planejam integrar Bluetooth ao aparelho para que ele se conecte a smartphones e emita mensagens de texto com mais rapidez.
Em dezembro de 2012, o estupro de uma jovem de 23 anos em Nova Déli provocou debates sobre a situação da mulher na Índia. Desde então, a imprensa indiana publica diariamente denúncias de estupros. A equipe desenvolveu o dispositivo para ajudar mulheres em perigo. Os estudantes afirmam que os legisladores demoram muito para inventar leis e, por isso, resolveram promover a ideia de autodefesa. 
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