quarta-feira, 27 de março de 2013

PESCADOR ENCONTRA CANOAS INDÍGENAS DO SÉCULO XVI EM EXTREMOZ

Canoas indígenas foram encontradas na Lagoa de Extremoz (Foto: Canindé Santos)

O baixo nível da lagoa de Extremoz, na Grande Natal,  ajudou a revelar relíquias que resgatam a história: são três canoas indígenas, uma delas ainda presa a uma corrente. A  maior  mede mais de dois metros de comprimento, segundo o pescador Pedro Luiz da Silva,de 70 anos, que encontrou as embarcações no fundo da lagoa.
"Eu encontrei durante uma pescaria. Marquei o local e depois voltamos para pegar", contou o pescador Pedro Luiz da Silva.
O pescador tem um documento para comprovar que já encontrou muitas partes da história potiguar em baixo d´água. Ele se orgulha de ter descoberto outras canoas e até imagens de santos. "Eu acho isso muito importante para a nossa história. Ajuda a contar nosso começo. Mas acho que seria melhor se as relíquias tivessem todas guardadinhas aqui", defendeu Pedro.
Pescador encontrou canoas e outros objetos antigos (Foto: Canindé Santos)
Pedro garante que outra canoa indígena ainda está submersa na Lagoa de Extremoz. As que foram retiradas da região irão passar por análises no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo é descobrir a idade das embarcações, que aparentam ser do século XVI, quando há registro da presença de jesuítas para catequizar os índios tupis e paiacus que habitavam a região, conhecida antigamente por Aldeia Guajiru, segundo os registros históricos.
O fotógrafo Canindé Santos registrou todas as descobertas que ficaram durante séculos escondidas pelas águas. Para Canindé, é uma forma de manter viva a memória da cidade. "Isso é importante para conscientizar as pessoas sobre a história de Extremoz desde a época dos índios. E também sobre as batalhas com portugueses e holandeses que aqui estiveram", destacou Canindé Santos.
G1

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