Por meio de cálculos matemáticos, o professor de física John Cramer, da Universidade de Washington, recriou o que seria o som do Big Bang, que ocorreu há 13,8 bilhões de anos - um som com altas frequências – o que só foi possível com os dados do Planck. O efeito é semelhante ao que os sismólogos descrevem como um terremoto de magnitude 9, que faria com que todo o planeta ressonasse. Neste caso, no entanto, o som se espalharia por todo o Universo.
“O espaço-tempo produziria som quando o Universo era suficientemente pequeno“, diz Cramer. Em 2001, com muito menos dados, ele escreveu uma coluna descrevendo como seria o som do Big Bang baseado em dados de ondas de radiação cósmica.
O som era tão baixo que o cientista teve que aumentar a frequência em 100 septilhões de vezes (que é um 100 seguido de 24 zeros a mais) apenas para obter as gravações em uma faixa que podia ser ouvida por humanos.
A simulação representa os primeiros 760 mil anos de evolução do Universo.
O Planck possui detectores tão sensíveis que podem distinguir variações de temperatura em alguns milionésimos de um grau na radiação cósmica. “O som original não era de variações de temperatura, mas de ondas sonoras reais que se propagaram pelo Universo“, afirmou.
Como o Universo esfriou e expandiu, ele estendeu os comprimentos de onda para criar algo que se pareceria com o som de um “baixo”, disse Cramer. O som fica mais baixo com os comprimentos de onda esticados. Num primeiro momento, o som ficaria mais alto, mas depois desapareceria gradativamente.
Confira abaixo:
Fonte: Uol Ciências
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