Um artigo publicado na Playboy deste mês está dando o que falar. Um texto assinado pelo jornalista Márcio Nazianzeno descreve a mulher potiguar como determinada e, até certo ponto, atirada. Algumas pessoas estão tratando o artigo como desrespeitoso. Não sei. O que se não pode discutir, no entanto, é o bom humor muito bem utilizado e uma ótima divulgação das atrações de Natal.
Feliz é Natal
Feliz é Natal
A capital potiguar é um harém ensolarado com vista para o mar.
Natal é mundialmente famosa por suas belezas naturais: as dunas, as praias, os coqueiros, a brisa, o sol e, acima de tudo, as mulheres. Num lugar em que as estações do ano são muito bem definidas (o verão, por exemplo, dura 12 meses), shortinhos, topzinhos e biquininhos são onipresentes. E o que as natalenses têm? Tempero, amigo. Sempre de bem com a vida e o próprio corpo, (quase) todo dia elas se refestelam na areia, fritam sob o astro-rei, banham-se nas águas salgadas, secam-se no calor e no vento e nos matam do coração. O curioso é que as moças que vêm de fora – desde a baiana até a gaúcha, da paulista à sueca – acabam incorporando o jeito daquelas que nasceram na cidade. Um jeito leve de ser e gostoso de ver. Já ouviu falar em mimetismo, fenômeno pelo qual certos animais, a fim de escapar dos predadores assumem características de objetos e de seres do meio em que vivem? Então, em Natal esse fenômeno tem uma peculiaridade: as forasteiras imitam as nativas para, em vez de escapar, cair nas garras dos predadores. mundo animal.
Outro dia, no buraco da Catita, chorinho de publicitárias, jornalistas e fãs de Cartola, uma amiga de São Paulo desabafava:
- Mulher em Natal é mais sem-vergonha que homem!
Assenti com a cabeça, óbvio, porque dama que sofre de chifre não pode ser contrariada. Agora, já a uma distância segura, posso garantir que a natalense é uma santa. Dela somos devotos e nela depositamos não somente nossa fé, mas também nossos pecados. E não somente nossa fé e nossos pecados, mas também… Deixa pra lá.
Oremos, pois: ave, maria, ave, bianca, ave, Joana, ave, Paulinha, ave, Sandrinha… Todas elas são cheias de graça! ainda mais quando dançam descontroladas no Whiskritório, aquele reduto de universitárias delicinhas.
Brincadeiras à parte, o fato é que a natalense sabe o que quer. E ela quer a mesma coisa que a gente. É atirada, direta, aborda sem deixar espaço para mal-entendido. Questão de sobrevivência. Na capital do Rio Grande do Norte, tem muita fêmea para pouco macho. Dizem as boas línguas que a média é de seis delas para cada um dos nossos (se você terminar a noite sem ninguém, melhor sentar na margem do rio e chorar porque alguém ficou com 12). Acredite: mulher aqui trata homem como produto em liquidação. Ela se aproxima, olha a em balagem e, mesmo sem gostar muito, diz a si mesma: “Vou levar. Vai que acaba…”
Você quer entender direito essa história? Vá até o Seis em Ponto, na hora da missa, tardezinha de domingo. Como em um milagre, você vai se converter ao samba e, se Deus quiser, cair nas graças de pérolas com cabelos perfumados, pernas torneadas e quadris malemolentes.
Os barzinhos e as baladas de Ponta Negra também valem a sua visita. O Decky recebe muitas tigresas – senhoras experientes, não raro separadas, sem nenhum tempo a perder. O Vyola, como todo bar sertanejo que se preze, concentra potrancas siliconadas e acessíveis o bastante para compensar a música de qualidade duvidosa. Já o Taverna é um lugarzinho mais “civilizado”, com flores de todo tipo.
Para os homens mais focados: as patricinhas no estilo Paris Hilton vão ao Peppers Hall e ao Praia Devassa. Por lá, os narizes estão sempre empinados, mas os seios e as bundinhas também. Para aqueles mais loucos: as roqueirinhas tatuadas se aglomeram no fim de noite do Gringos.
Enfim, se ainda assim Natal não conquistou você, eu só posso crer que você comprou a revista errada… ah, vou ali para beber uma água de coco, que só de escrever esta crônica eu já fiquei com uma tremenda ressaca.
Blog do BG
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