sábado, 16 de março de 2013

JORNALISTA PERNANBUCANO PRESO EM GUERRA NA SÍRIA LANÇA LIVRO EM MOSSORÓ



O jornalista pernambucano Klester Cavalcanti lançou em Mossoró o seu livro ‘Dias de Inferno na Síria’, que relata a experiência vivida por ele em maio do ano passado no país árabe durante a guerra civil. O lançamento aconteceu durante a 2ª Semana de Humanidades realizada pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), onde ele ministrou a palestra, às 19h, no auditório da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC), sobre Jornalismo e Direitos Humanos.

O evento acadêmico realizado pela Fafic teve início na noite de terça-feira passada, 12. A abertura aconteceu no Teatro Municipal Dix-huit Rosado. As palestras, minicursos, grupos de trabalho, apresentações culturais, entre outros, acontecem até amanhã, 15, no campus central da Uern. Klester Cavalcanti é, até agora, o único jornalista brasileiro a estar em Homs, uma das cidades sírias mais sangrentas em virtude do conflito entre forças do regime do presidente Bashar al-Assad e rebeldes.

“Será uma participação interessante, principalmente para quem é da área da Comunicação, ou quem lida diretamente com as questões dos Direitos Humanos”, disse o diretor da Fafic, Emanuel Braz.

O jornalista teve que dar um tempo na redação da revista IstoÉ para poder dar conta da agenda cheia de compromissos em que é convidado para falar sobre o livro e os seis dias que ficou preso e torturado em uma prisão com mais 23 homens.

Até setembro já tem palestras agendadas. “Já percorri o Brasil todo fazendo palestras e lançando o livro. A recepção tem sido muito bacana. É um assunto que chama atenção de todo mundo, principalmente que se preocupa com direitos humanos, que querem saber mais sobre conflitos, guerras”, relata Klester, que estará em Mossoró pela primeira vez. No seu quarto livro, o escritor procura mostrar não apenas o conflito em si, mas as consequências da guerra na vida das pessoas comuns daquele país.

OBRAS E PRÊMIOS - Cavalcanti é autor dos livros Viúvas da Terra (Planeta, 2005), O Nome da Morte (Planeta, 2006) e Direto da Selva (Geração Editorial, 2007). Venceu o Prêmio Jabuti de Literatura por duas vezes, em 2005 e 2007.

O jornalista também já ganhou vários prêmios de Jornalismo no Brasil e no exterior, como o de Melhor Reportagem Ambiental da América do Sul, promovido pela agência de notícias Reuters e pela IUCN, uma das maiores ONGs de meio ambiente do mundo; e o Natali Prize, o prêmio mais importante de Jornalismo e Direitos Humanos, realizado pela União Europeia e pela Federação Internacional de Jornalistas.

Em 2004, Klester Cavalcanti recebeu o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, concedido pelo Movimento Justiça e Direitos Humanos e pela Ordem dos Advogados do Brasil.



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