Navio de pesquisas alemão navega no Ártico: mais de 70% dos recursos do petróleo que ainda não foram descobertas no Ártico estão no norte do Alasca e a leste da Groenlândia
O alerta vem do Anuário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 2013 (Pnuma), relatório que apresenta anualmente as questões emergentes mais importantes que afetam o planeta.
Nos últimos anos, durante o verão, a redução do gelo no Ártico tem se intensificado de tal maneira que atingiu um mínimo de 3,4 milhões de quilômetros quadrados, em 2012, 18% a menos do que o recuo em 2007 e 50% abaixo da média dos anos oitenta e noventa.
O recuo permite o acesso a recursos naturais, como gás e petróleo, levando ao aumento da atividade humana, o que pode representar uma ameaça para os ecossistemas e à vida selvagem.
"As mudanças nas condições ambientais do Ártico, muitas vezes considerado um indicador da mudança climática, preocupa há algum tempo, mas essa consciência ainda não se traduziu em ação urgente no mundo", disse Achim Steiner, diretor Executivo do Pnuma.
"Na verdade, o que acontece é que o derretimento do gelo está causando uma demanda por combustíveis fósseis, os principais responsáveis pelo degelo", acrescentou. "Todos os países devem considerar cuidadosamente as conseqüências da corrida para a exploração dessas vastas reservas, dado o que está em jogo no mundo."
O Ártico no tabuleiro energético mundial
Com o desaparecimento de gelo e da neve, o que facilita o acesso à região, a importância do Ártico no campo da energia global e fornecimento de recursos minerais vai aumentar consideravelmente. O Serviço Geológico dos Estados Unidos estima que 30% do gás natural não descoberto no mundo está no Ártico, principalmente na plataforma continental.
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