O brasileiro Artur Souza, 28 anos, é o engenheiro de software responsável pelo Facebook na América Latina. Formado pela Unicamp e com passagem pela IBM, ele chegou à empresa de Mark Zuckerberg em junho de 2012. Após ser contratado, ficou seis semanas na sede do Facebook, em Menlo Park, para assimilar a cultura da companhia e conhecer suas novas funções. De volta ao Brasil, Souza se tornou o responsável pela ponte entre as necessidades dos parceiros locais e a equipe de produtos, instalada nos Estados Unidos.
Na entrevista abaixo ele fala sobre sua chegada ao Facebook, seu processo de trabalho e as habilidades que a empresa procura em suas contratações.
ENTREVISTA:
Como você chegou ao Facebook? Como foi o período que você ficou em Menlo Park?
Uma recrutadora do Facebook entrou em contato comigo por e-mail me convidando para trabalhar na empresa. Não sei muito bem como ela encontrou o meu perfil, mas como eu havia dado palestras e tinha papers sobre tecnologia, acho que ela encontrou o meu perfil por esse caminho. O Facebook procura sempre engenheiros qualificados que trabalham no setor ou estudam em universidades de ponta. Assim que um funcionário é contratado pela empresa fora da matriz, ele fica seis semanas em Menlo Park em um treinamento chamado de “boot camp”, para aprender a cultura da empresa, se habituar ao ambiente de trabalho e conhecer todas as suas novas funções. Esse período foi muito bom pra mim, pois pude conhecer de perto como funciona a empresa, que é um polo de inovação e pessoas criativas.
Nesse período, você chegou a ter contato com Mark Zuckerberg?
Nunca cheguei a conversar com ele diretamente, mas ele fica sempre entre os funcionários e é acessível a todo mundo. O Facebook tem a cultura de ter escritórios abertos, sem salas particulares, e isso serve pra ele também.
Como é o trabalho de um engenheiro fora da sede da empresa? Que tipo de aplicações e atividades você desenvolve?
O trabalho fora da sede gira em torno de parceiros. Eu não estou diretamente ligado a um produto, mas acabo ajudando em diferentes frentes. Meu trabalho principal consiste em fazer o meio de campo entre nossos times regionais e o time de produtos (engenharia). Quando percebemos uma necessidade que atende várias pessoas ou parceiros e que não está no “roadmap” do time de engenharia, eu entro em cena e faço esse desenvolvimento.
É verdade que você teve um código rodando já no segundo dia trabalhando na empresa?
Sim, é verdade. Já no segundo dia como funcionário do Facebook você recebe uma tarefa real. Minha missão naquele dia era propor melhorias para a coluna de atualizações que fica no lado direito da Linha do Tempo. Nem acreditei quando o código foi incorporado ao sistema. Nunca tinha visto uma empresa dar essa liberdade ao funcionário logo em seu segundo dia.
Existem vagas abertas para mais desenvolvedores em São Paulo? Que tipo de pessoas vocês procuram?
O Facebook tem 13 vagas em aberto para o escritório no Brasil, mas nenhuma no momento é para desenvolvedores. O profissional que o Facebook procura deve ter, além do conhecimento técnico, uma noção da cultura da empresa e seu lema “Move Fast”. Deve ser também um profissional criativo e inovador. Quem estiver interessado em trabalhar no Facebook deve acessar o site de cadastro.
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